O Banco Central Europeu (BCE) anunciou que utilizará parte de sua carteira de fundos próprios para investir no fundo de investimento em títulos verdes do Banco Central Europeu (EUR BISIP G2) introduzido pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS). Com este investimento, o BCE contribui, dentro de seu mandato, para os esforços globais de promoção dos objetivos ambientais, incluindo os objetivos climáticos da UE, e de combate às mudanças climáticas. O fundo BIS de títulos verdes investe na produção de energia renovável, eficiência energética e outros projetos para promover a proteção ambiental.
Tal investimento complementa as compras diretas de títulos verdes nos mercados secundários. O BCE já possui títulos verdes representando 3,5% de sua carteira de fundos próprios, que tem um valor total de mercado de € 20,8 bilhões. O BCE planeja aumentar esta participação nos próximos anos.
O EUR BISIP G2 é parte da iniciativa do fundo de títulos verdes do BIS, que ajuda os bancos centrais a incorporar objetivos de sustentabilidade ambiental na gestão de suas reservas e capital.
Além disso, o BCE decidiu criar um centro de mudanças climáticas para reunir o trabalho sobre questões climáticas em diferentes partes do banco. Esta decisão reflete a crescente importância da mudança climática para a economia e a política do BCE, bem como a necessidade de uma abordagem mais estruturada do planejamento estratégico e da coordenação.
A nova unidade, que entrará em funcionamento no início de 2021, fortalecerá e integrará o trabalho do BCE em matéria de clima. A decisão reflete a crescente importância da mudança climática para a economia e a política do BCE.
O centro de mudanças climáticas moldará e orientará a agenda climática do BCE, interna e externamente, aproveitando a experiência de todas as equipes que já trabalham com essas questões. Suas atividades serão organizadas em fluxos de trabalho, desde a política monetária até funções prudenciais, e serão apoiadas por pessoal com experiência em dados e mudanças climáticas. O centro de mudanças climáticas entrará em funcionamento no início de 2021.
A nova estrutura será revista após três anos, pois o objetivo final é incorporar considerações climáticas às atividades rotineiras do BCE.

Fonte:
https://www.ecb.europa.eu/press/pr/html/index.en.html
https://www.ecb.europa.eu/press/pr/date/2021/html/ecb.pr210125~715adb4e2b.en.html
https://www.ecb.europa.eu/press/pr/date/2021/html/ecb.pr210125_1~3fc4ebb4c6.en.html